A Caixa de Carol

Aqui, onde todas as mazelas e belezas do mundo e da sociedades poderão ser encontradas.

Coal To Diamonds - The Gossip


Faz algum tempo que estava tentando descobrir o nome de uma banda. A música do "trailer" de um seriado que tenho visto me fez ir atrás. Descobri por acaso, vendo clipes num canal de música. Com o nome da banda, baixei a discografia, até para conhecer melhor a banda e talz, e qual não é a minha surpresa?! Que as músicas eram realmente sensacionais! The Gossip me fez relebrar algumas bandas de indie que eu ouvia direto tempos atrás, com uma vocalista de voz muito foda e no melhor estilo "fodam-se todos". Apaixonei na hora!
Passei para o mp3 o cd que tem a música do seriado, que foi o que os fez ser conhecidos, "Standing in the Way of Control", e uma das músicas me chamou bastante atenção, pela sonoridade, pelo sentimento que rola nela, sei lá, nem consigo explicar, mas curti de cara. Como não sei inglês, fui procurar a letra na internet, e qual não é a minha segunda surpresa?! Que a letra faz muito sentido para mim, nesse momento.
Depois de toda esse histórinha legal, segue a letra da música, que faz todo o sentido!


Coal To Diamonds

I think I feel a little hurt,
My fists are turning coal to diamonds,
Why no one told me so much work
Would all go into trying
Oh but the feelings ain't the same,
How some things never change,
Well nobody is perfect
And I knew better anyways
I thought about till my head hurt
I thought about it, but it only made things worse
I thought about it till my head hurt
I thought about it but it only made things worse
So I was wrong
What could I do
Knew all along
Oooh
Oooh
Oooh
Oooh
I think I feel a little hurt
My fists are turning coal to diamonds
Why no one told me so much work
Would all go into trying
Oh but the feelings ain't they strange
How some things never change
Well, nobody is perfect
And I knew better anyway
I thought about till my head hurt
I thought about it but it only made things worse
I thought about it till my head hurt
I thought about it but it only made things worse
So I was wrong
what could I do?
I knew all along

I'm a fool for you.

Comprimidos, dinheiro e um pouco de TPM




Um final de semana inteiro sofrendo de cólicas, dores de cabeça e todas essas coisas maravilhosas que só o corpo feminino pode proporcionar, só não é mais maravilhoso do que um final de semana da companhia do capeta, em pessoa. Na verdade, isso poderia ser realmente interessante...

Dores físicas misturadas com turbilhões de pensamentos inconstantes realmente não são uma boa soma. Ainda mais quando se trata de uma pessoa como eu, que não satisfeita com os problemas que já tem, fica cavocando outros. Obviamente que isso deve ser patológico e deve existir algum tipo de medicação para isso. Mas, definitivamente, não estou disposta a ir olhar para a cara de uma pessoa que tem um diploma em baixo do braço e que por isso diz ter a solução para todos os meus problemas. Ou pior, dizer que a solução “está dentro do meu coração”. ¬¬ Se fuderem-se né?! Já conheci alguns médicos desses, e nenhum até hoje conseguiu desvendar a minha pobre cabecinha... Talvez esse seja o grande desafio. Para mim e para os outros.
As coisas vão acontecendo de forma que eu deveria estar contente, pois algumas coisas tem se esclarecido. Tenho percebido que existem pessoas ao meu lado que realmente se importam comigo e que as pessoas são mais tolerantes do que deveriam. Mas o foda é ver tudo isso, perceber que deveria ficar contente, e mesmo assim, achar que tudo continua uma bosta. Me irrito comigo mesma em perceber que não me contento com o que tenho, e que essa ânsia de querer viver o diferente as vezes não faz o menor sentido.
As vezes penso que toda essa vontade de viver o lado diferente das coisas nada mais é do que uma forma de me sugestionar de que não preciso de nada do que é padrão, como um bom emprego, uma carreira, um amor para a vida toda, uma casa no campo, com cerca branca e um labrador no pátio. E por que isso?! Porque na realidade já sonhei tanto com todas essas coisas lindas que perdi a vontade de esperar. Certo, sou jovem ainda e com um caminho longo e maravilhoso pela frente! Acontece que sou imediatista, e não consigo esperar. Se nem as coisas mais simples eu consegui até agora, quem dirá essas coisas que dizem ser o fundamento de toda uma vida? Não agüento discursinhos baratos de que devo seguir em frente e não decepcionar meus pais, ou a MTF sociedade. Como diz uma amiga, esses já tem suas vidas bem formadas e estabelecidas. Agora, quanto a minha, deixem que eu cuido disso.
A gente cresce com um monte de merda na cabeça, sobre o que devemos pensar, o que devemos comer, o que devemos vestir e quem devemos ser. Até um determinado ponto da nossa vida, acreditamos em tudo isso. A sorte é que alguns acordam de toda essa porcaria. Posso dizer que sou uma dessas sortudas. Mas tendo toda essa verdade nas mãos, talvez não seja tanta sorte assim... Quando se está a par de tudo isso, não se consegue mais viver em harmonia com o resto das pessoas. O papo superficial da maioria me cansa. Me faz perceber que a cada dia me torno mais intolerante, e que a cada dia me aproximo mais de alguma coisa, que ainda não consigo identificar, e não tenho certeza se é bom ou ruim. Agora, uma parte boa disso, é que sendo uma das que perceberam todas as porcarias da humanidade, consigo identificar outros como eu, e assim, todos os “loucos” juntos podem se ajudar a chegar ao bendito ponto final (aquele que disse que ainda não sei se é bom ou ruim).
Blábláblás a parte, e retomando de onde comecei, cansei de acreditar que um médico pode resolver os meus problemas, cansei de acreditar que devo ser uma boa pessoa para que outros possam se espelhar em mim, cansei de preconceitos, de mentiras, do dinheiro, da família e de toda essa bosta que esta em volta de mim agora. Quero fugir, pra bem longe, onde só meus bons amigos possam saber onde estou e lá poder ser quem eu realmente sou (mesmo que nem eu saiba, ao certo).

Conhecem aquela “É fazendo merda que se aduba a vida”?!?
Sigo isso a algum tempo. Minha forma de não me martirizar muito sobre as coisas que faço, ou que tenho vontade de fazer.

Quero que esse mundinho se exploda, e que as pessoas reconheçam que um punhado de dinheiro não compra porra nenhuma, a não ser montes de coisas que só causaram problemas depois que não puderam levá-las consigo para o caixão.
Gostaria que percebessem a importância de um bom livro, de uma conversa com uma pessoa sábia, de um abraço, de um bom amigo, do som do mar, e de todas as coisas sutis da vida.

Ai está! Essa é a vida.
E não um punhado de comprimidos na mão e outro punhado de dinheiro no bolso.

Sonho de consumo!!



Definitivamente, meu sonho!!!! *.*
UHAuhahuAHUa

I'm a Drama Queen!! Mas e quem não é?!



Acho lindo quando uma pessoa que se diz tua amiga não sabe lidar com uma crítica tua contra a “amizade” dela...

É impressionante como alguns se doam tanto a determinados amigos para depois só receber um deboche, como se isso fosse legal.
A doação que me refiro não é ficar na volta, babando ovo de ninguém não, muito menos viver a vida em função de outro... Mas é se dar conta se o cara ta precisando de uma ajuda, de um ombro pra contar as calamidades da sua vida ou o quanto foi gostosa a foda da noite passada (mesmo que isso não faça a mínima diferença pra ti!), abraçar uma causa que na real nem era tua, mas em prol dos parcerias, tu acaba por se identificar com ela lutando por ela até o fim... Mesmo que os amigos por quem tu abraçou a bronca não estejam mais lá na hora da fodelança começar.
Se tem uma coisa que eu sou, é fiel as minhas amizades, inclusive, depois de ter tomado no cu inúmeras vezes por isso. Mas mesmo assim, me orgulho em saber que eu sou do tipo que se pode contar pra qualquer parada, seja ela boa ou ruim. E se tem outra coisa que me orgulho em ser é sincera. Pois se algo me incomoda, não faço questão nenhuma de guardar pra mim e viver com aquilo trancado na garganta. Mesmo que eu não fale no dia que a situação me incomodou, assim que eu tiver a oportunidade, eu vou falar, e foda-se se tu vai gostar ou não! Porque eu amo os meus amigos, mas antes os meus sentimentos dos que os deles. (é.... nem sempre é assim, mas enfim...)
A gente tem várias escalas de amigos, alguns conhecidos, outros bons para fazer festa, outros daqueles que é maravilhoso trocar uma idéia sobre o cotidiano, amigos do dia-a-dia e aqueles que tu sabe que mesmo quando o mundo estiver acabando, o cara vai estar lá do teu lado, nem que seja pra morrer junto contigo, embaixo da pedra que o JC tiver jogado do céu. A questão é que até tu identificar essas categorias, é sinal que tu já se fudeu muito na vida salvando a pele de gente que não merecia. Foi sempre assim comigo... SEMPRE! Mas o tempo, como dizem os mais velhos, é o melhor remédio, pra tudo, inclusive para feridas “amigativas” que o cara vai “conquistando” através da vida.
As decepções são conseqüências do simples fato de a gente estar vivo. E elas acontecem toda hora, a todo momento. Algumas maiores, outras menores e outras momentâneas, mas acontecem. E quando eu abro o meu coraçãozinho para dizer a um amigo que tal situação me chateou, é por que, de verdade, eu me importo com ele e com a dita amizade. Agora, quando tu faz isso e ganha um “Ah, mas não é bem assim... Não foi isso que eu disse...” tudo fica mais complicado... Por que não to pedindo explicação, muito menos deboches em troca, mas sim pura e simplesmente um “Ok Carol, talvez tenhamos nos desentendido”, ou quem sabe um “É Carol, realmente essa história está bem engraçada, mas quem sabe tomando uma cerveja a gente não resolve tudo?!”. PRONTO! Como num passe de mágica, as coisas passam a ser bem mais fáceis e felizes, para todos! Mas o papo de sempre surge novamente... As pessoas não são e nunca serão como eu gostaria que fossem... Doce ilusão a minha! Portanto, o que me resta é me manter calada para alguns amigos, pois para esses sei que no fim, tudo e qualquer coisa que eu disser vai passar por bobagem, não que eu não fale muitas, mas tem horas que o papo é sério...

Enfim...
Sou amiga de todos com quem me relaciono, e quem me conhece de verdade sabe que tiro do corpo, literalmente, pra dar a um amigo que precisa. E por isso, por saber que alguns me conhecem e sabem lidar comigo, é que no fim, depois de todo esse desabafo, eu penso que a maior imbecilidade que eu posso fazer é tentar convencer alguém de que eu realmente sou do tipo que se pode confiar. Fazer com que acreditem nisso é fácil, o difícil é receber o retorno no mesmo peso e medida...

“Essa é a neura!”, já diria um brother...

(Me senti uma vítima do destino agora... Mas foda-se!)

P.S. Detalhe, é que no final de tudo isso, eu estarei junto com todos os amigos, mesmo os que penso que poderiam ser melhores, por que se, afinal, eu os escolhi para serem meus parcerias, então nada mais me resta do que aceitá-los como são...

"E a homenagem?!"

Bom, a história é mais ou menos assim...

Tenho uma amiga foda pra caralho, que desde 2007 a gente tem um pseudo-relacionamento, mas que de uns tempos pra cá, temos percebido o quanto temos em comum... É temos coisas em comum...

Então, esses dias estava inspirada e percebi que ela ainda não tinha nenhum depoimento meu no seu 5464º orkut, pois os que escrevi ficaram naquele que por último ela deletou. Escrevi. A porcaria do orkut não funcionou... Mandei por e-mail e resumi em poucas palavras tudo o que tinha escrito e postei no orkut.

Acontece é que ela resolveu retribuir o depoimento via e-mail, tentou postar no orkut também, não conseguiu, mandou por recado, mas não ficou satisfeita... Li pelo twitter, "espera, vou escrever melhor!". Nisso, eu já tinha ficado tri contente com o recado lá!!
Eis que recebo um link, o link do blog dela... Entrei, e estava lá, acho que a homenagem mais massa que já recebi... Me deixou muito feliz e lisonjeada.

Portanto, como eu não posso ficar pra trás, postarei o depoimento dela no blog também! AHhahuuha

Afinal, "E a homenagem, onde é que fica?!"

"A Z é do tipo de pessoa que demora um bocado para te dar liberdade. Mas não aquela liberdade de ir lá no cafofo dela pra incomodar e tomar uma cerva gelada na sua companhia. Mas sim aquela liberdade que geralmente se tem só com o irmão, aquela liberdade de mandar longe, quando se quer realmente fazer isso, e ainda assim, poder olhar no olho dela e saber que não será uma coisa desse tipo que vai fazer ruir a amizade construída até então. Mas que a partir do momento em que ela te olhou dessa forma, é quase como um “siga em frente, estou aqui de verdade”, e me sinto privilegiada em fazer parte desse grupo que sente o mesmo que eu quando olha naqueles olhos profundos, quase que intermináveis, e para todas aqueles listras que as vezes faz se perder, mas não só pela ilusão de ótima, mas também pela complexidade da pessoa que elas escondem.

Estarmos juntas nessa caminhada me dá a impressão de que no fim, era esse o objetivo. Estar ao lado dela é sentir que sou muito mais forte para combater os meus problemas e os dela, mas ao mesmo tempo, sinto que se cair, será ela quem me estenderá a mão, me ajudará a limpar a sujeira da roupa e dirá “vamos logo, o tempo é curto e temos muito a fazer”.


Véia, com todas as confusões, altos e baixos que já passamos por essas vidas, ambas sabemos e entendemos qual é, e ansiamos pelas mesmas coisas. Por isso, que mais uma vez, te digo que estejamos de pé, lado a lado, para enfrentar o que vier e lutar, até alcançarmos os benditos objetivos. Sinto que podemos fazer isso! Sinto que estamos perto, inclusive! Estar contigo me faz sentir protegida e protetora, e me faz entender aquela frase que usou por muito tempo, sobre empunhar a espada e não poder abraçar. Para mim, ela agora faz sentido, pois se somos duas, temos quatro braços e quatro pernas, e assim, podemos proteger uma a outra, e ainda assim mantermos a nossa amizade firme, para fumar aquele crivo as 5h da manhã, alternando os assuntos entre coisas sérias e nem tão sérias assim, entre uma risada e outra.



Sinto-me totalmente responsável por aquela que cativei, e sinto-me honrada por isso."

Micro sonho




Acabo de acordar, e da mesma forma que ontem, acordo com o impacto de um sonho. Daqueles que a gente acorda no susto, devido a veracidade e o peso da informação. Acordei hoje exatamente da mesma forma que ontem, foi quase um déjà vu, pois novamente, não lembro a história toda, só do fim, que é o momento do pulo na cama e ficar analisando as informações. Por isso tudo, é bem curto. E escrevo mais pelo fato de eu ter sonhado suas vezes seguidas, o que me intriga. Mas enfim, lá vai:

“Estávamos sentados na mesa de um bar, com muitas pessoas em volta, inclusive, alguns rostos conhecidos. Porém, estávamos quase que escondidos, pois o assunto requeria descrição. Após um copo de ceva e outro, meu olhar não parava em lugar nenhum, muito menos conseguia cruzar o olhar da pessoa. Eu sentia uma confusão de sentimentos, como medo do que estava por vir, expectativa pelo que iria ouvir e feliz por simplesmente estar ali, prestes a resolver uma situação que incomodava a muito.
Eis então que, finalmente, após uma longa conversa, a pessoa me diz: ‘Eu quero ficar contigo! Quero te beijar, transar, ficar do teu lado, na tua companhia... Mas não quero namorar. Não quero me apegar a ninguém.’
Nesse momento, eu ficava muito feliz, e com o coração saltitando dentro do peito...”

Eu acordo.

O que mais me deixa intrigada nesse sonho, é a minha felicidade em ouvir da pessoa que ela me quer, quer minha companhia, mas não quer envolvimentos profundos. Não sei como interpretar isso, pois a Carol normal ficaria de cara, pois como se pode gostar de alguém sem estar sempre perto? Mas e se o objetivo disso é me mostrar que no fim, nada disso importa, se a gente tem a quem recorrer, em qualquer circunstância? Vai saber...

Enfim, verei se consigo ainda hoje postar algum sonho que realmente tenha alguma história.

MTF TPM



E lá vem chegando a TPM...

E com ela tudo o que há de pior em mim...

Falta de paciência, irritabilidade em alta potência, meus sonhos parecem como coisas que realmente aconteceram, minha piras mais fora da casa batem na minha cabeça como trolls dando machadadas em pessoas, vontades ensandecidas de comer chocolate, as coisas que tenho não me parecem interessantes, e o que está tão distante parece a melhor das opções, aqueles medos de infância parecem retomar todo o sentido... Tudo isso, junto, numa pessoa só, realmente não dá bons resultados...

Aí, quando tudo isso chega, chegam também os questionamentos... E essa, realmente é a pior parte. Nessas de pensar, chego a conclusão que deva realmente existir algum distúrbio em mim... (ou simplesmente falta de vergonha na cara!)
Enquanto estou nessa fase, todas as coisas que passam pela minha cabeça tomam proporções que em outras fases do mês não tomam. O peso dessas idéias, que em um momento são como uma pedra que posso colocar no bolso e esquecer temporariamente que ela está ali, se transforma numa rocha gigantesca, que amarrada nas minhas costas, quase não me deixa ir em frente. Com isso, tudo aquilo de deixei para pensar depois, vem a tona novamente!

E os sonhos... Ah, esses sonhos ainda me deixarão ainda mais louca do que já sou!

Alguns, compartilho com os amigos, para que caso eu precise, não me deixem passar por louca, outros, são totalmente impublicáveis, indizíveis, e o pior, incontáveis! Aí a pessoa entra numa pira, que quando acorda, a coisa era tão real, que chega a ficar de cara por ter acordado e percebido que não era verdade. Porém, se eu conseguir relaxar e for para aquele quase sono, então ainda consigo sentir o sonho, e aproveitar mais um pouco, mesmo sabendo que irá acabar. Esses sonhos são loucos, mas não só no sentido do acontecimento, mas sim pelas sensações, que de tão reais, são como se eu realmente estivesse vivendo aquilo.
A minha idéia é começar e escrever esses sonhos, porque além de tudo, são como histórias na minha cabeça, um texto perfeito, com início, meio e fim. Por isso, pretendo usar o blog para além de escrever essas histórias loucas e todo mundo poder rir (ou chorar...) junto comigo, quero que ele sirva como um arquivo, pois conforme vai passando o tempo, vou esquecendo os detalhes, e alguns merecem ser recordados no futuro.

Enfim...

Tudo isso pra dizer que TPM é a pior coisa que existe na face da terra, porque todas as porcarias que estão lá no fundinho, são remexidas como quando uma criança resolve mexer naquela poça de barro, com um monte de pedrinhas no fundo...

Assim que tiver um pouco de paciência, escrevo um dos meus sonhos.

Pelamordeus!

Impressionante como fazer uma atividade que se tem muito prazer em executar se torna massante e desesperadora quando ela se torna obrigatória e valendo alguma coisa importante na nossa vida...

To desesperada já de tanto ler sobre a porcaria que é o nosso país desde sempre!

Lá nos tempos de D. Pedro II, a grande maioria da sociedade já era pobre (na verdade, esta é uma condição em qualquer país, imagino), e o governo ainda julgava o cara que era pobre - por ser pobre, obviamente - e além de ser julgado por isso, ainda era acusado de ladrão, vádio e sem-vergonha. O negro então, era tratado praticamente como uma barata... Queriam mais é que morressem todos para assim "embranquecer" a sociedade brasileira, que era tão "fina" e "requintada"...

Agora, paremos para pensar...

O que foi que mudou de lá pra cá!?

Tirando o fato de que a comunidade negra passou por uma infinidade de perrengues para conquistar seu lugar como cidadão com direitos - e ainda assim, muitas vezes não consegue - o resto continua na mesma bosta!

Aí me diz... O cara ama ler, ama história, pensa que a sociedade pode tomar rumos diferentes e ser mais democrática, que as coisas podem melhorar, e acaba dando de cara com a realidade nua e crua! As coisas sempre foram uma merda! E se os caras que estão no governo não fizeram nada desde 1800, quem dirá se faram agora...
Com tudo isso o cara vai desanimando e pensando que a moral é sentar num banquinho, fumar um cigarro e esperar o mundo acabar! hehehe
Revoltas populares existiram no Brasil... E chegaram a surtir algum efeito, pouco, mas surtiu... Mas agora vai perguntar pra esse gurizada por ai o que é uma revolução social?! Eles sequer sabem a importância de votar, quem dirá saber o poder que todos nós juntos temos...

Tudo isso pra dizer que as vezes penso que estudar história é só pra deixar o cara mais louco e mais desesperado quanto o futuro das coisas.. Existe uma frase de autor desconhecido que diz "Estudar História é adquirir consciência do mundo e dos homens. Consciência do que fomos para transformar o que somos.", por isso digo que me entristesse ver as coisas hoje sabendo o que aconteceu ontem...

Raul Seixas define bem a situação:
"É você olhar no espelho
Se sentir
Um grandessíssimo idiota
Saber que é humano
Ridículo, limitado
Que só usa dez por cento
De sua cabeça animal..."

Aiai...

Depois de tantas lamentações, voltarei para o meu cercadinho, que para a nossa queridíssima sociedade, jamais deveria ter saido, já que estudando, trabalhando e ganhando dinheiro é que sou uma pessoa decente! Lá no cercadinho, continuarei a estudar toda a maravilhosa lambança que se faz por aqui desde 1500.

(y)

Escolha a porta!

Conhece vontade de olhar para o espelho e realmente ver o reflexo das coisas que tem se feito na vida até agora?
Toda a escolha que se faz na vida resulta em alguma coisa.

Este é o ponto!

Porque a gente, ou melhor, eu, tenho essa necessidade absurda de querer conhecer o que tem atrás da porta, sem antes abri-la?! Por que do medo de iniciar uma nova etapa? De deixar as coisas pra trás? De me abrir ao desconhecido e enfrentá-lo, na cara e na coragem? É sempre assim... A minha preocupação com tudo ao meu redor me faz esquecer, normalmente, que eu ainda sou eu, e que ainda sou uma pessoa com vontades. Talvez por isso, que em alguns momentos, as pessoas surtem, tenham crises existenciais e aquela vontade filha da puta de deixar tudo se fuder e pronto! Lavar as mãos e conviver com a realidade imposta pelo “destino”.

Esse tal de destino é um cara muito sacana. A cada porta que se apresenta na nossa vida, é uma nova opção que o Sr. Destino nos aponta. Acontece, que bem na real, o Sr. Destino é algo que vive dentro de nós mesmos. Pensa no efeito borboleta... Aquela história: “o farfalhar das asas de uma borboleta no Japão faz furacões absurdos destruírem tudo nas Américas”, e é isso! Exatamente isso! Se hoje aparecerem dez portas na minha frente e eu escolher ir pela primeira, as outras nove automaticamente serão fechadas, para na próxima sala outras dez surgirem, e assim por diante... Por que eu to fazendo toda essa confusão? Para exemplificar que cada atitude que tomamos é única, e uma vez tomada, dificilmente tem volta... uma vez fechada a porta número um atrás das suas costas, uma série de acontecimentos deixam de existir, e uma série de novos tomam força. E tudo é a questão das malditas escolhas...

“Não sei se quero suco de laranja ou de maça...
Escolho o de maça então...”

- Nesse momento, muita vitamina C deixou de ir para o corpo de quem escolheu o suco de maça... E se essa pessoa no futuro desenvolver uma série de doenças ocasionadas pela carência de vitamina C no organismo!? Ela não vai lembrar que uma vez, ao escolher um suco, poderia ter escolhido um que a ajudaria no futuro... Por quê?! Por que não fazia a menor idéia do futuro e qual seria a conseqüência de escolher...
Obviamente que esse exemplo é estúpido, mas ilustra bem onde quero chegar.
A vida das pessoas é descrita por um processo evolutivo: nascer, crescer, reproduzir e morrer. Até ai, tudo é muito simples, é o processo natural das coisas... Mas, se pra fazer parte disso eu quiser trilhar o meu próprio caminho?! - Vai lá! Siga em frente! Mas ninguém lhe disse que seria fácil... – Por isso, vai-se tropeçando nas pedras do caminho, conhecendo quem lhe estenda a mão e quem lhe pise no pescoço, - mas ok! – esse é o processo...

Cada um escolhe o que lhe convém... Mas e aqueles que morrem na dúvida do que exatamente lhe convém?! E aqueles que preferem não arriscar, seguir sempre pela porta um, em todas as escolhas?! E aqueles que pensam mais nos da sua volta, ao invés de pensar em si?! E aqueles que querem conhecer o que tem atrás de todas as portas?! E aqueles que pensam que seria bem mais fácil se nunca, na eternidade, tivessem que se deparar com as tais das portas?! E se todos esses exemplos se juntassem num só?! O mundo implodiria?! Não! Pois eu estou bem aqui! Diante de todas elas! Com vontade de abrir uma frestinha de cada uma e dar uma espiada... Com vontade de sentar no chão e esperar que alguma delas se abra voluntariamente... Com vontade de não ir a nenhuma delas e continuar no mesmo lugar... E com uma vontade absurdamente grande de escolher uma, com os olhos fechados, e entrar correndo, sem olhar pra trás e viver da melhor forma possível, com a realidade que estiver na minha frente.
Mas como fazer isso quando se tem em mente um milhão de coisas que não fazem o menor sentido!? Coisas que se pensou quando era criança, e que numa conversa casual com um parceria, percebe que não era simplesmente “coisa de criança” e que aquilo pode fazer mais sentido do que tudo pensado até então... Tudo leva a mente... TUDO!

MEDO

Vários parcerias já me disseram que a gente não pode se vitimizar, achar algum culpado para os nossos próprios erros. Penso que é natural do ser humano a curiosidade, principalmente quando se trata de descobrir a melhor forma de tratar questões pessoais, qual emprego buscar, qual curso fazer na faculdade... Tantas coisas... E sempre com isso em mente, quando alguma escolha não vai bem, as pessoas têm o costume de culpar alguém! Ou ao vizinho que não soube passar o recado direito, ou ao corretor da prova que não sabia o que estava fazendo, ou ao atendente do restaurante que não anotou certo o pedido, ou mesmo Deus! Na verdade, principalmente Deus, por que ele inexiste materialmente, fazendo com que a culpa jogada em outro não pese tanto na hora de encostar a cabeça no travesseiro e pensar no que fez durante o dia...
Eu preciso aprender! Aprender que ninguém, além de mim, tem culpa sobre os meus resultados. Na verdade eu já sei disso... Só não consigo aplicar... E cada vez que tento fixar isso em mim me assusta mais! Pensar que tudo, TUDO, esta em minhas mãos... Que basta que eu saiba fazer a escolha certa para as coisas acontecerem lindamente como num filme Hollywoodiano, ou que tudo desande e fique parecendo um Cine Band Trash...

Cada um tem suas portas, às vezes, algumas delas se cruzam, fazendo a gente reencontrar pessoas, assuntos... Mas tudo é uma questão de abrir a certa... Já diria o poeta, na vida, não tem folha de rascunho... Fez, ta feito.

E é por isso que eu quero, eu preciso saber o que cada ume delas tem atrás... Assim eu poderia escolher, de verdade, que rumo eu quero pra mim...
Mas não dá...

Enquanto isso, eu continuo aqui enredada em devaneios, sonhos absurdos e lembranças de uma infância no mínimo estranha, tentando lidar com o medo que gera em mim a realidade nua e crua, de que já nem sei mais o que eu quero...

É a criança na frente do espelho, se perguntando: “Quem sou eu?!”

Encaminhamentos...

No fim...
Tudo que era problema se torna em conclusão...
Tudo que eu queria, fica pra depois...
Tudo o que eu não queria, é deixado pra trás, mas nem tanto...

O fato é que mesmo que eu pense que esse era o momento para resolver todas as pendências, não o será...

Porém, tenho uma vida toda pela frente... E não sei o que me espera atrás da porta número um ou dois...
Só me resta ir abrindo, uma por uma, e conhecer o meu futuro da forma mais tensa que há...

Vivendo.

La Di Da

Por Jet

"Let it come down let it all come down
Get up get up get up, I know you got something to say
Only you don't get to talk, not to me that way

Let it come down let it all come down
Come on come on come on
Are you feeling the same??
I will still be standing here, when you walk away

I don't know anymore
What I need and what for
All I know, is there must be something more

Let it come down let it all come down
You know you know you know
It don't matter what those people say
You don't want to live your life someone else's way

I don't know anymore
What I need and what for
All I know, is there must be something more


La di di La di da
How did we ever get this far
Well I know, that there must be something more

Let it come down let it all come down
Get up get up get up, I know you got something to say
Only you don't get to talk, not to me that way

I don't know anymore
What I need and what for
All I know, is there must be something more

La di di La di da
How did we ever get this far
Well I know, that there must be something more"

Amadurecimento

Lendo os posts anteriores desse blog, que datam do ano de 2007, vejo qual era a minha visão de sentimentos vividos até hoje, não mais pelas mesmas pessoas da época, porém talvez a mesma intensidade que foi naquele ano.

A principal diferença é como tenho lidado com esses “problemas”. Em 2007, eu quis sumir, quis que jamais tivesse sentido tais sentimentos, quis que as pessoas fossem todas para o inferno, para assim me sentir menos coagida a viver todo aquele turbilhão de emoções e fugir, definitivamente, da minha própria vida.

Hoje, em 2010, os sentimentos não são tão diferentes. São 3 anos de vivências, de aprendizagem e de amadurecimento da minha vida, de mim mesma, dos meus pensamentos e sentimentos. Porém, os sentimentos, aqueles que tanto desdenhei, continuam vivos, dentro de mim, e cada vez maiores. Não posso negar, que por muitas vezes, inclusive semana passada, desejei não sentir. Mas com toda a experiência que tenho no assunto, pude perceber que seria inútil pensar dessa forma, já que além de não conseguir me desfazer dele, será muito pior lutar contra, pois quanto mais se nega, pior fica o coração e a mente. O amor, o carinho, o querer bem, o querer estar perto, vivem comigo diariamente.

Em contrapartida, já não amo mais como amava antes. Aquele fervor, o viver em função de outrem, a dedicação exclusiva para o amar e ser amado já não me fazem sentir completa. Quero muito mais que um amor pode me dar. Quero muito mais do que viver amando. Quero simplesmente sentir a vida passar em minha frente. Sentir cada um de seus grãos passarem entre meus dedos, e aproveitar o que cada um tem a me mostrar. Quero aprender e VER a vida, para que assim eu possa aproveitar o que cada pessoa que por algum motivo desconhecido, mas certamente indiscutível, que entra na minha vida tem a me oferecer. E mesmo quando não tiver, que eu possa observar com frieza o que mesmo sem perceber prontamente está intrínseco nele.

Quero aproveitar esse amor que corre nas minhas veias. Mesmo que em silêncio. Pois agora, depois de alguns anos, descobri que o amor não está somente no relacionamento, ele está em todas as partes. No abraço, no beijo, no pedido de desculpas, na aceitação das desculpas, na conversa entre amigos, no mate embaixo das árvores, ou até mesmo num palavrão bem dito. Descobri a minha forma de amar.

Retomada

Depois de algum tempo sem sequer lembrar da existência desse blog, retomarei as minhas "atividades" com ele.

O objetivo do blog será o mesmo anterior. Que aqui seja um espaço para reflexões, desabafos, contos, poemas, e tudo aquilo que expressar verdadeiramente os meus sentimentos e pensamentos.

Certemante que nem sempre encontrarão leituras que os agradará. Mas esse é outro objetivo do blog. Desenvolver a habilidade da escrita nessa pessoa que vos fala.

Por hora é isso.

Pensarei em alguma coisa para o "primeiro" post depois de tanto tempo.

Hasta!