A Caixa de Carol

Aqui, onde todas as mazelas e belezas do mundo e da sociedades poderão ser encontradas.

Amor!?

Troço antigo, já faz tempo que foi escrito, mas ta valendo ainda!!


Como pode de um único sentimento surgirem diversas reações?!

Como pode o amor fazer sofrer?!

Eu diria que é um sentimento que beira a loucura...

As diversas formas de amar pessoas acabam transformando a vida de quem ama complicadíssima, deixando-o entre a cruz e a espada, forçando a tomar decisões sabendo que podem acabar com vidas inteiras, acabar com sonhos, desejos, e até, quem diria, amores!!

A decisão de qual “vida” (no sentido de sentimentos) poupar é difícil, pois sabe-se que sempre haverão os mais fortes... Mas até que ponto essas pessoas são mais fortes?! Até onde um ser pode conviver com a duvida, com a incerteza?! Até que ponto um ser humano abre mão de seus desejos por alguém que tem carinho?!

A relação dos sentimentos é imprecisa...

Até que ponto um ser suportará deixar de lado seus próprios sentimentos em prol de sentimentos alheios?!

As vezes a morte parece ser a saída, a saída de um buraco negro, sem afirmações, somente interrogações, parece ser uma saída fácil, porém fácil para os fracos, para covardes...

Mas será que não somos fracos e covardes?!

Até que ponto a coragem e as virtudes de uma pessoa se mantém?!

Além de tudo isso, somos ingênuos. Sempre esperamos mais das pessoas, mas elas nunca nos darão tudo aquilo que desejamos...

Palavras de pessoas sábias sempre ajudam, e fazem pensar, porém, nunca resolveram os problemas...

Amor...

Sentimento vil, na minha humilde opinião...

Faz pessoas que se sentiam fortes, se tornarem fracos, faz com que confiantes se curvem aos pés daquele que julga mais fraco, se sentindo na obrigação daquele que julga mais fraco, se sentindo na obrigaçfaz com que confiantes se curvem aos p de amparar sempre...

O amor deveria ser um sentimento que trouxesse somente alegrias, sorrisos, ternura...

Não fazer o ser sofrer por amor, não deveriam existir barreiras para amar...








Um conto...

E lá estava Madaleine, na sacristia, pensando, tentando prever o futuro, tentando, pedindo aos céus que lhe mostrassem o que lhe reservavam, mas nesse curto espaço de tempo, fora chamada para entrar na igreja, e ela pensa: - Tarde demais! Deuses, ajudem-me! Nesse momento, milhões de pensamentos invadem sua mente: porque estar em uma igreja, se sequer acredita naquilo? Porque aquele homem? Se não foi com ele que sonhou quase todas as noites de sua vida? Porque esse destino? O que teria feito aos céus para merecer tal sina?
Porém, nada poderia salva-la do casamento arranjado por seus pais, com o mais nobre cavaleiro da corte. Ele não era mal, ela até gostava de sua companhia, mas não eram seus lábios que desejava, não era aquela mão que queria segurar até o dia de sua morte, não era por aquele homem que tinha se apaixonado desde a primeira vez que o viu...
Ao parar na porta da igreja e ver todos aqueles rostos, voltados para ela, era angustiante, e a vontade que seu doce e bravo cavaleiro andante aparecesse para busca-lá crescia...
Madaleine e seu vestido vermelho, o reflexo de sua alma que estava manchada pelo sangue da tristeza que tomara conta de seu ser. Assim fez questão, a cor do vestido... Era a única coisa que poderia escolher. Infelizmente...
A igreja estava coberta de rosas vermelhas, o que a fez lembrar também da rosa branca seca que guardara desde o dia que conheceu seu amado, um presente singelo, mas dado com a alma, com a promessa de que a flor os uniria por toda a eternidade, pelo menos suas almas estariam unidas se não estivessem perto um do outro. Com esse pensamento, a primeira lágrima rolou em seu rosto, seu coração apertou, e no caminho para o altar, onde se encontrava o homem que mal conhecia e que estava prestes a chamar de marido, lembrou-se de que seu amado uma vez lhe dissera que a buscaria em qualquer lugar, até mesmo no mais profundo inferno, pois seu desejo era que ficassem para sempre unidos, e que ele estaria sempre ao seu lado, para lhe estender a mão, em qualquer dificuldade, mas, ele não estava lá no momento que Madaleine mais precisava. Ela olhava para todos os lados, procurando pelos rostos seu promtido pelos deuses, mas somente achava rostos inertes na sua beleza e na beleza do momento, uma melancolia suave...
Ao chegar no altar, virou-se e olhou pela última vez a grande porta, esperando ver seu amor lhe estendendo a mão, e chamando-a para a vida, mas ao invés disso, viu somente a fria luz laranja do sol que se punha naquele final de tarde. com o beijo na testa que recebeu de seu futuro marido, ela sentiu que já não haviam mais chances de volta, e nesse instante, com toda a força de seu ser, desejou nunca ter nascido, e desejava a morte com toda sua capacidade. Então fechou os olhos e sucumbiu ao seu desejo.

Final ruim... Talvez algumas mudanças...

Carolina Lewis