A Caixa de Carol

Aqui, onde todas as mazelas e belezas do mundo e da sociedades poderão ser encontradas.

Amadurecimento

Lendo os posts anteriores desse blog, que datam do ano de 2007, vejo qual era a minha visão de sentimentos vividos até hoje, não mais pelas mesmas pessoas da época, porém talvez a mesma intensidade que foi naquele ano.

A principal diferença é como tenho lidado com esses “problemas”. Em 2007, eu quis sumir, quis que jamais tivesse sentido tais sentimentos, quis que as pessoas fossem todas para o inferno, para assim me sentir menos coagida a viver todo aquele turbilhão de emoções e fugir, definitivamente, da minha própria vida.

Hoje, em 2010, os sentimentos não são tão diferentes. São 3 anos de vivências, de aprendizagem e de amadurecimento da minha vida, de mim mesma, dos meus pensamentos e sentimentos. Porém, os sentimentos, aqueles que tanto desdenhei, continuam vivos, dentro de mim, e cada vez maiores. Não posso negar, que por muitas vezes, inclusive semana passada, desejei não sentir. Mas com toda a experiência que tenho no assunto, pude perceber que seria inútil pensar dessa forma, já que além de não conseguir me desfazer dele, será muito pior lutar contra, pois quanto mais se nega, pior fica o coração e a mente. O amor, o carinho, o querer bem, o querer estar perto, vivem comigo diariamente.

Em contrapartida, já não amo mais como amava antes. Aquele fervor, o viver em função de outrem, a dedicação exclusiva para o amar e ser amado já não me fazem sentir completa. Quero muito mais que um amor pode me dar. Quero muito mais do que viver amando. Quero simplesmente sentir a vida passar em minha frente. Sentir cada um de seus grãos passarem entre meus dedos, e aproveitar o que cada um tem a me mostrar. Quero aprender e VER a vida, para que assim eu possa aproveitar o que cada pessoa que por algum motivo desconhecido, mas certamente indiscutível, que entra na minha vida tem a me oferecer. E mesmo quando não tiver, que eu possa observar com frieza o que mesmo sem perceber prontamente está intrínseco nele.

Quero aproveitar esse amor que corre nas minhas veias. Mesmo que em silêncio. Pois agora, depois de alguns anos, descobri que o amor não está somente no relacionamento, ele está em todas as partes. No abraço, no beijo, no pedido de desculpas, na aceitação das desculpas, na conversa entre amigos, no mate embaixo das árvores, ou até mesmo num palavrão bem dito. Descobri a minha forma de amar.

3 comentários:

"And in the end the love you take is equal to the love you make"

John Lennon

;P

 

Há uma diferença gritante entre amor e dependência. Não quando amamos de verdade, mas quando nos sentimos verdadeiramente amados, é que descobrimos uma ponta do que tudo isso significa.

"Não há nada que eu não ame." Cloud Strife. Final Fantasy VII.

 

Concordo com o Z. O amor nem sempre é o que aparece nos filmes e novelas.

Ps.: adorei o template!