A Caixa de Carol

Aqui, onde todas as mazelas e belezas do mundo e da sociedades poderão ser encontradas.

MTF TPM



E lá vem chegando a TPM...

E com ela tudo o que há de pior em mim...

Falta de paciência, irritabilidade em alta potência, meus sonhos parecem como coisas que realmente aconteceram, minha piras mais fora da casa batem na minha cabeça como trolls dando machadadas em pessoas, vontades ensandecidas de comer chocolate, as coisas que tenho não me parecem interessantes, e o que está tão distante parece a melhor das opções, aqueles medos de infância parecem retomar todo o sentido... Tudo isso, junto, numa pessoa só, realmente não dá bons resultados...

Aí, quando tudo isso chega, chegam também os questionamentos... E essa, realmente é a pior parte. Nessas de pensar, chego a conclusão que deva realmente existir algum distúrbio em mim... (ou simplesmente falta de vergonha na cara!)
Enquanto estou nessa fase, todas as coisas que passam pela minha cabeça tomam proporções que em outras fases do mês não tomam. O peso dessas idéias, que em um momento são como uma pedra que posso colocar no bolso e esquecer temporariamente que ela está ali, se transforma numa rocha gigantesca, que amarrada nas minhas costas, quase não me deixa ir em frente. Com isso, tudo aquilo de deixei para pensar depois, vem a tona novamente!

E os sonhos... Ah, esses sonhos ainda me deixarão ainda mais louca do que já sou!

Alguns, compartilho com os amigos, para que caso eu precise, não me deixem passar por louca, outros, são totalmente impublicáveis, indizíveis, e o pior, incontáveis! Aí a pessoa entra numa pira, que quando acorda, a coisa era tão real, que chega a ficar de cara por ter acordado e percebido que não era verdade. Porém, se eu conseguir relaxar e for para aquele quase sono, então ainda consigo sentir o sonho, e aproveitar mais um pouco, mesmo sabendo que irá acabar. Esses sonhos são loucos, mas não só no sentido do acontecimento, mas sim pelas sensações, que de tão reais, são como se eu realmente estivesse vivendo aquilo.
A minha idéia é começar e escrever esses sonhos, porque além de tudo, são como histórias na minha cabeça, um texto perfeito, com início, meio e fim. Por isso, pretendo usar o blog para além de escrever essas histórias loucas e todo mundo poder rir (ou chorar...) junto comigo, quero que ele sirva como um arquivo, pois conforme vai passando o tempo, vou esquecendo os detalhes, e alguns merecem ser recordados no futuro.

Enfim...

Tudo isso pra dizer que TPM é a pior coisa que existe na face da terra, porque todas as porcarias que estão lá no fundinho, são remexidas como quando uma criança resolve mexer naquela poça de barro, com um monte de pedrinhas no fundo...

Assim que tiver um pouco de paciência, escrevo um dos meus sonhos.

Pelamordeus!

Impressionante como fazer uma atividade que se tem muito prazer em executar se torna massante e desesperadora quando ela se torna obrigatória e valendo alguma coisa importante na nossa vida...

To desesperada já de tanto ler sobre a porcaria que é o nosso país desde sempre!

Lá nos tempos de D. Pedro II, a grande maioria da sociedade já era pobre (na verdade, esta é uma condição em qualquer país, imagino), e o governo ainda julgava o cara que era pobre - por ser pobre, obviamente - e além de ser julgado por isso, ainda era acusado de ladrão, vádio e sem-vergonha. O negro então, era tratado praticamente como uma barata... Queriam mais é que morressem todos para assim "embranquecer" a sociedade brasileira, que era tão "fina" e "requintada"...

Agora, paremos para pensar...

O que foi que mudou de lá pra cá!?

Tirando o fato de que a comunidade negra passou por uma infinidade de perrengues para conquistar seu lugar como cidadão com direitos - e ainda assim, muitas vezes não consegue - o resto continua na mesma bosta!

Aí me diz... O cara ama ler, ama história, pensa que a sociedade pode tomar rumos diferentes e ser mais democrática, que as coisas podem melhorar, e acaba dando de cara com a realidade nua e crua! As coisas sempre foram uma merda! E se os caras que estão no governo não fizeram nada desde 1800, quem dirá se faram agora...
Com tudo isso o cara vai desanimando e pensando que a moral é sentar num banquinho, fumar um cigarro e esperar o mundo acabar! hehehe
Revoltas populares existiram no Brasil... E chegaram a surtir algum efeito, pouco, mas surtiu... Mas agora vai perguntar pra esse gurizada por ai o que é uma revolução social?! Eles sequer sabem a importância de votar, quem dirá saber o poder que todos nós juntos temos...

Tudo isso pra dizer que as vezes penso que estudar história é só pra deixar o cara mais louco e mais desesperado quanto o futuro das coisas.. Existe uma frase de autor desconhecido que diz "Estudar História é adquirir consciência do mundo e dos homens. Consciência do que fomos para transformar o que somos.", por isso digo que me entristesse ver as coisas hoje sabendo o que aconteceu ontem...

Raul Seixas define bem a situação:
"É você olhar no espelho
Se sentir
Um grandessíssimo idiota
Saber que é humano
Ridículo, limitado
Que só usa dez por cento
De sua cabeça animal..."

Aiai...

Depois de tantas lamentações, voltarei para o meu cercadinho, que para a nossa queridíssima sociedade, jamais deveria ter saido, já que estudando, trabalhando e ganhando dinheiro é que sou uma pessoa decente! Lá no cercadinho, continuarei a estudar toda a maravilhosa lambança que se faz por aqui desde 1500.

(y)

Escolha a porta!

Conhece vontade de olhar para o espelho e realmente ver o reflexo das coisas que tem se feito na vida até agora?
Toda a escolha que se faz na vida resulta em alguma coisa.

Este é o ponto!

Porque a gente, ou melhor, eu, tenho essa necessidade absurda de querer conhecer o que tem atrás da porta, sem antes abri-la?! Por que do medo de iniciar uma nova etapa? De deixar as coisas pra trás? De me abrir ao desconhecido e enfrentá-lo, na cara e na coragem? É sempre assim... A minha preocupação com tudo ao meu redor me faz esquecer, normalmente, que eu ainda sou eu, e que ainda sou uma pessoa com vontades. Talvez por isso, que em alguns momentos, as pessoas surtem, tenham crises existenciais e aquela vontade filha da puta de deixar tudo se fuder e pronto! Lavar as mãos e conviver com a realidade imposta pelo “destino”.

Esse tal de destino é um cara muito sacana. A cada porta que se apresenta na nossa vida, é uma nova opção que o Sr. Destino nos aponta. Acontece, que bem na real, o Sr. Destino é algo que vive dentro de nós mesmos. Pensa no efeito borboleta... Aquela história: “o farfalhar das asas de uma borboleta no Japão faz furacões absurdos destruírem tudo nas Américas”, e é isso! Exatamente isso! Se hoje aparecerem dez portas na minha frente e eu escolher ir pela primeira, as outras nove automaticamente serão fechadas, para na próxima sala outras dez surgirem, e assim por diante... Por que eu to fazendo toda essa confusão? Para exemplificar que cada atitude que tomamos é única, e uma vez tomada, dificilmente tem volta... uma vez fechada a porta número um atrás das suas costas, uma série de acontecimentos deixam de existir, e uma série de novos tomam força. E tudo é a questão das malditas escolhas...

“Não sei se quero suco de laranja ou de maça...
Escolho o de maça então...”

- Nesse momento, muita vitamina C deixou de ir para o corpo de quem escolheu o suco de maça... E se essa pessoa no futuro desenvolver uma série de doenças ocasionadas pela carência de vitamina C no organismo!? Ela não vai lembrar que uma vez, ao escolher um suco, poderia ter escolhido um que a ajudaria no futuro... Por quê?! Por que não fazia a menor idéia do futuro e qual seria a conseqüência de escolher...
Obviamente que esse exemplo é estúpido, mas ilustra bem onde quero chegar.
A vida das pessoas é descrita por um processo evolutivo: nascer, crescer, reproduzir e morrer. Até ai, tudo é muito simples, é o processo natural das coisas... Mas, se pra fazer parte disso eu quiser trilhar o meu próprio caminho?! - Vai lá! Siga em frente! Mas ninguém lhe disse que seria fácil... – Por isso, vai-se tropeçando nas pedras do caminho, conhecendo quem lhe estenda a mão e quem lhe pise no pescoço, - mas ok! – esse é o processo...

Cada um escolhe o que lhe convém... Mas e aqueles que morrem na dúvida do que exatamente lhe convém?! E aqueles que preferem não arriscar, seguir sempre pela porta um, em todas as escolhas?! E aqueles que pensam mais nos da sua volta, ao invés de pensar em si?! E aqueles que querem conhecer o que tem atrás de todas as portas?! E aqueles que pensam que seria bem mais fácil se nunca, na eternidade, tivessem que se deparar com as tais das portas?! E se todos esses exemplos se juntassem num só?! O mundo implodiria?! Não! Pois eu estou bem aqui! Diante de todas elas! Com vontade de abrir uma frestinha de cada uma e dar uma espiada... Com vontade de sentar no chão e esperar que alguma delas se abra voluntariamente... Com vontade de não ir a nenhuma delas e continuar no mesmo lugar... E com uma vontade absurdamente grande de escolher uma, com os olhos fechados, e entrar correndo, sem olhar pra trás e viver da melhor forma possível, com a realidade que estiver na minha frente.
Mas como fazer isso quando se tem em mente um milhão de coisas que não fazem o menor sentido!? Coisas que se pensou quando era criança, e que numa conversa casual com um parceria, percebe que não era simplesmente “coisa de criança” e que aquilo pode fazer mais sentido do que tudo pensado até então... Tudo leva a mente... TUDO!

MEDO

Vários parcerias já me disseram que a gente não pode se vitimizar, achar algum culpado para os nossos próprios erros. Penso que é natural do ser humano a curiosidade, principalmente quando se trata de descobrir a melhor forma de tratar questões pessoais, qual emprego buscar, qual curso fazer na faculdade... Tantas coisas... E sempre com isso em mente, quando alguma escolha não vai bem, as pessoas têm o costume de culpar alguém! Ou ao vizinho que não soube passar o recado direito, ou ao corretor da prova que não sabia o que estava fazendo, ou ao atendente do restaurante que não anotou certo o pedido, ou mesmo Deus! Na verdade, principalmente Deus, por que ele inexiste materialmente, fazendo com que a culpa jogada em outro não pese tanto na hora de encostar a cabeça no travesseiro e pensar no que fez durante o dia...
Eu preciso aprender! Aprender que ninguém, além de mim, tem culpa sobre os meus resultados. Na verdade eu já sei disso... Só não consigo aplicar... E cada vez que tento fixar isso em mim me assusta mais! Pensar que tudo, TUDO, esta em minhas mãos... Que basta que eu saiba fazer a escolha certa para as coisas acontecerem lindamente como num filme Hollywoodiano, ou que tudo desande e fique parecendo um Cine Band Trash...

Cada um tem suas portas, às vezes, algumas delas se cruzam, fazendo a gente reencontrar pessoas, assuntos... Mas tudo é uma questão de abrir a certa... Já diria o poeta, na vida, não tem folha de rascunho... Fez, ta feito.

E é por isso que eu quero, eu preciso saber o que cada ume delas tem atrás... Assim eu poderia escolher, de verdade, que rumo eu quero pra mim...
Mas não dá...

Enquanto isso, eu continuo aqui enredada em devaneios, sonhos absurdos e lembranças de uma infância no mínimo estranha, tentando lidar com o medo que gera em mim a realidade nua e crua, de que já nem sei mais o que eu quero...

É a criança na frente do espelho, se perguntando: “Quem sou eu?!”

Encaminhamentos...

No fim...
Tudo que era problema se torna em conclusão...
Tudo que eu queria, fica pra depois...
Tudo o que eu não queria, é deixado pra trás, mas nem tanto...

O fato é que mesmo que eu pense que esse era o momento para resolver todas as pendências, não o será...

Porém, tenho uma vida toda pela frente... E não sei o que me espera atrás da porta número um ou dois...
Só me resta ir abrindo, uma por uma, e conhecer o meu futuro da forma mais tensa que há...

Vivendo.

La Di Da

Por Jet

"Let it come down let it all come down
Get up get up get up, I know you got something to say
Only you don't get to talk, not to me that way

Let it come down let it all come down
Come on come on come on
Are you feeling the same??
I will still be standing here, when you walk away

I don't know anymore
What I need and what for
All I know, is there must be something more

Let it come down let it all come down
You know you know you know
It don't matter what those people say
You don't want to live your life someone else's way

I don't know anymore
What I need and what for
All I know, is there must be something more


La di di La di da
How did we ever get this far
Well I know, that there must be something more

Let it come down let it all come down
Get up get up get up, I know you got something to say
Only you don't get to talk, not to me that way

I don't know anymore
What I need and what for
All I know, is there must be something more

La di di La di da
How did we ever get this far
Well I know, that there must be something more"

Amadurecimento

Lendo os posts anteriores desse blog, que datam do ano de 2007, vejo qual era a minha visão de sentimentos vividos até hoje, não mais pelas mesmas pessoas da época, porém talvez a mesma intensidade que foi naquele ano.

A principal diferença é como tenho lidado com esses “problemas”. Em 2007, eu quis sumir, quis que jamais tivesse sentido tais sentimentos, quis que as pessoas fossem todas para o inferno, para assim me sentir menos coagida a viver todo aquele turbilhão de emoções e fugir, definitivamente, da minha própria vida.

Hoje, em 2010, os sentimentos não são tão diferentes. São 3 anos de vivências, de aprendizagem e de amadurecimento da minha vida, de mim mesma, dos meus pensamentos e sentimentos. Porém, os sentimentos, aqueles que tanto desdenhei, continuam vivos, dentro de mim, e cada vez maiores. Não posso negar, que por muitas vezes, inclusive semana passada, desejei não sentir. Mas com toda a experiência que tenho no assunto, pude perceber que seria inútil pensar dessa forma, já que além de não conseguir me desfazer dele, será muito pior lutar contra, pois quanto mais se nega, pior fica o coração e a mente. O amor, o carinho, o querer bem, o querer estar perto, vivem comigo diariamente.

Em contrapartida, já não amo mais como amava antes. Aquele fervor, o viver em função de outrem, a dedicação exclusiva para o amar e ser amado já não me fazem sentir completa. Quero muito mais que um amor pode me dar. Quero muito mais do que viver amando. Quero simplesmente sentir a vida passar em minha frente. Sentir cada um de seus grãos passarem entre meus dedos, e aproveitar o que cada um tem a me mostrar. Quero aprender e VER a vida, para que assim eu possa aproveitar o que cada pessoa que por algum motivo desconhecido, mas certamente indiscutível, que entra na minha vida tem a me oferecer. E mesmo quando não tiver, que eu possa observar com frieza o que mesmo sem perceber prontamente está intrínseco nele.

Quero aproveitar esse amor que corre nas minhas veias. Mesmo que em silêncio. Pois agora, depois de alguns anos, descobri que o amor não está somente no relacionamento, ele está em todas as partes. No abraço, no beijo, no pedido de desculpas, na aceitação das desculpas, na conversa entre amigos, no mate embaixo das árvores, ou até mesmo num palavrão bem dito. Descobri a minha forma de amar.

Retomada

Depois de algum tempo sem sequer lembrar da existência desse blog, retomarei as minhas "atividades" com ele.

O objetivo do blog será o mesmo anterior. Que aqui seja um espaço para reflexões, desabafos, contos, poemas, e tudo aquilo que expressar verdadeiramente os meus sentimentos e pensamentos.

Certemante que nem sempre encontrarão leituras que os agradará. Mas esse é outro objetivo do blog. Desenvolver a habilidade da escrita nessa pessoa que vos fala.

Por hora é isso.

Pensarei em alguma coisa para o "primeiro" post depois de tanto tempo.

Hasta!